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Projeto “Memórias do 25 de abril”

Escola Secundária Fernando Lopes-Graça contou com o apoio da autarquia.

A Câmara Municipal de Cascais juntou-se à Escola Secundária Fernando Lopes-Graça, Parede, para estudar a revolução de  25 de abril de 1974, não apenas do ponto de vista historiográfico, mas também do ponto de vista sociológico.

Esta parceria materializou-se no Projeto “Memórias do 25 de abril”, cuja apresentação pública dos resultados teve lugar, no dia 20 de abril, no Centro Cultural de Cascais. Os 11 alunos da turma do 11.º E,  empenharam-se neste projeto entre janeiro e março deste ano, tendo recolhido 16 testemunhos entre os quais familiares seus alunos, mas também funcionários da escola que frequentam.

Tudo começou com a proposta dirigida à autarquia, formalizada pela Professora de História, Cristina Antunes, em que consistia que alunos realizassem entrevistas e recolhessem testemunhos de pessoas que vivenciaram o 25 de abril em 1974. A ideia foi muito bem recebida pela autarquia já que, no ano de 2022, a Câmara Municipal de Cascais aprovou e divulgou um documento estratégico, um manual de procedimentos de métodos e técnicas de recolha de recolha do património cultural imaterial.

Uma das intervenientes deste projeto foi Carmen Pereira, Antropóloga do Departamento do Património Histórico da Câmara Municipal de Cascais, que colaborou com os jovens e foi essencial na formação que receberam: “Foi esse o estímulo que proporcionou este trabalho de equipa, a explicação das estratégias definidas para o processo da recolha e registo, produzidas numa conjuntura de valorização cultural imaterial e incentivo à pesquisa documental, o recurso a diversos registos audiovisuais, as formas de transcrição, e a sua interpretação global, resultou nesta apresentação final tão bem executada por este grupo de jovens. As técnicas de recolha de memórias individuais e coletivas e a valorização dos relatos proferidos por todos os entrevistados, relacionados com um período histórico tão significativo na democracia portuguesa e de grande transformação socioeconómica, tornaram-se nos alicerces deste processo que resultou nestas Memórias do 25 de abril”, referiu, na apresentação pública do projeto. A sessão seguiu na voz de alguns dos alunos com a partilha das experiências referentes à sua participação, tendo afirmado a importância e impacto que este trabalho teve no seu percurso escolar e pessoal. 

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, presente na apresentação pública do projeto, aproveitou para “dar os parabéns aos alunos que desenvolveram este trabalho, com o apoio dos colegas da Câmara Municipal de Cascais, e a todos aqueles que se disponibilizaram para dar os seus testemunhos, e contar a sua história do 25 de abril". Um momento "tão impactante", acrescentou finalizando: "todos nós temos uma história e um sentimento sobre o 25 de abril”.

A reforçar a relevância deste projeto e a apoiar a equipa multidisplinar, esteve João Miguel Henriques, diretor do Departamento de Património Histórico da CM Cascais: “É um projeto muito especial. De facto, a Câmara Municipal de Cascais tem vindo a promover a recolha do Património Cultural e Imaterial do Município. Isto significa que, dentro de cada um de nós, existe um conjunto de recordações, de memórias que nos permitem reconstituir a história contemporânea do nosso concelho, mas também de Portugal", salientou.

Um exercício ainda mais importante para ajudar a contar a história recente: "Estamos a comemorar, felizmente, os primeiros 50 anos da democracia portuguesa, e este era o momento fundamental de recolhermos estes testemunhos junto daqueles que já viveram mais anos e, por isso, têm histórias muito importantes para nos contar. É este o nosso objetivo, conseguir registar, mas também levar mais longe as nossas memórias, enquanto comunidade.  E estas memórias dos primeiros 50 anos da democracia portuguesa são fundamentais para que os mais novos e os mais velhos aprendam ou recordem a importância da liberdade, democracia e de tudo aquilo que foi necessário abdicar, por tudo aquilo que foi necessário lutar para que nós hoje pudéssemos viver nesta democracia”, destacou.

De ressalvar que, num futuro próximo, estes registos vão estar disponíveis no Arquivos Histórico da autarquia para consulta.

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